A Isidoro Diniz Produções busca desenvolver no Paraná trabalhos de pesquisas com qualidade e apresentar um teatro de alto nível em todos os aspectos de uma produção, objetivando estimular a criatividade do público que pretende atingir.
O projeto MUKONDO será desenvolvido por meio da Cia. Nossa Senhora do Teatro Contemporâneo, criada em 1999, com o foco, essencialmente, em trabalhos pesquisa de linguagens por uma via alternativa à do teatro naturalista.
A escolha do texto é fundamental para concretizar um bom trabalho. Dá-se preferência às obras literárias, que exigem qualidade de elenco, de técnicos e de outros profissionais, garantindo o sucesso do trabalho.
O que caracteriza as boas produções é desenvolver um trabalho de qualidade se propondo à inovação de linguagens e incentivando o crescimento artístico e intelectual das Artes Cênicas, tendo como meta principal promover e divulgar o teatro dentro de um melhor estilo.
Ao escolher o livro “Terra das Palavras”, uma antologia de contos de autores afrodescendentes, para inspirar nosso espetáculo, focamos no conteúdo literário e na necessidade de difundir a literatura afro-brasileira.
Segundo a organizadora desta edição, Fernanda Felisberto, “a nossa literatura afro-brasileira ainda ocupa um lugar periférico no debate sobre
as relações raciais, já que boa parte das publicações sobre este tema é de estudos históricos e antropológicos. Os autores (as) que participam desta edição, cada um a sua maneira, tem uma sólida experiência com o universo literário, seja no espaço acadêmico ou em suas produções independentes”.
O projeto “Mukondo” vai apresentar histórias do cotidiano de pessoas comuns, com diferentes crenças e em diferentes situações, porém, todas essas histórias possuem um fator comum: elas trazem para o centro da cena ficcional aqueles que a sociedade quer “invisibilizar”.
Nesse sentido, esta montagem vem contribuir com a sociedade brasileira de maneira reflexiva a respeito das memórias dos nossos antepassados negros e indígenas e os valores culturais profundos e complexos dessas culturas que foram “perdidos”, no processo histórico da cultura